Chris Jericho em Entrevista


Chris Jericho deu recentemente uma entrevista sobre os Fozzy, onde abordou também vários assuntos do Pro-Wrestling. Aqui estão os destaques:

Pareces fazer parte de um grupo selectivo de estrelas que pode abalar e voltar sempre que quer do wrestling. Não pareces estar tão ligado ao negócio como os outros.

Não foi uma decisão consciente. Sempre tive várias coisas que queria fazer e sempre tive opinião própria, o que pode ser mal entendido por algumas pessoas. Parei de fazer wrestling em 2010 porque o meu contrato expirou, mais nada. E depois houve imensas oportunidades para os Fozzy, por isso apostei naquilo que se tornou mais importante. Eu amo wrestling, e nunca digo nunca no que toca a voltar, mas neste momento, quero ver os Fozzy ascender o máximo possível.

A tua tour nos Reino Unido coincidiu com a Tour da WWE e de Mick Foley. Que dizes acerca disso?

Sim, ouvi falar sobre isso. Nada disso foi intencional, pelo menos não da minha parte. Eu quero fazer a Tour entre o Halloween e Thanksgiving, porque quero estar com os meus filhos nessas ocasiões.

Vou agora fazer uma pergunta pessoal. Como é que é trabalhar numa profissão onde muitos dos teus amigos morreram antes do esperado?

É horrível. Estive a ver uma Raw recentemente, e Hunter (HHH) estava a falar do quão sortudo era por ter todos estes amigos no negócio e até fez uma lista, nisto eu pensei “fogo, os meus amigos morreram!”. Não recentemente, e ainda bem, mas houve um período, não há muito tempo, onde estavam todos a morrer de seguida. É um negócio complicado e eu sinto-me sortudo por nunca ter usado drogas ou até comprimidos. Sempre bebi, ainda bebo hoje, e provavelmente consigo beber mais do que muitos, mas se quiser passar semanas sem beber, consigo! Não sei porque será, se calhar por ter a música na minha vida, o wrestling não era tudo no mundo para mim.

Olhas para o teu tempo com a WCW e arrependeste de ter lá estado?

Não de todo. Eu penso com carinho sobre essas alturas. Se não tivesse passado pela WCW, nunca teria sido tão bem sucedido na WWE. Aprendi bastante, especialmente, o que não fazer. Podia ser um sitío confuso, mas grandes wrestlers passaram por lá. De qualquer maneira, o meu objectivo foi sempre trabalhar com Vince McMahon, e a passagem pela WCW foi uma maneira de lá chegar.

O que pensas do pro-wrestling de momento? Parece ter sofrido, agora que a WWE domina…

Na minha opinião, é tudo uma questão de experiência. Eu penso que a minha geração de pessoas era uma das melhores porque nós viajámos pelo mundo para aprender esta arte muito antes de sequer sonharmos com a WWE. Neste momento, estão lá muitas pessoas que possuem menos de cinco anos de experiência. E pessoalmente, eu não penso que sabia exactamente o que estava a fazer e se estava a fazer bem, até ao meu regresso em 2008, quando comecei a manipular a plateia. Eu era bom, não me interpretem mal, mas só nessa altura é que senti, em certas noites, que era realmente o melhor do mundo. São precisos anos para ser mesmo excelente nalguma coisa, e as pessoas que estão lá agora não têm cinco anos de experiência, e muito menos dez ou quinze.

Muitos deles são parecidos uns com os outros. Existe falta de diversidade.

Mais uma vez, é tudo uma questão de experiência. Quando comecei a praticar wrestling, eu sabia que nunca iria ser o maior do roster, por isso decidi que tinha de ter a maior personalidade. Logo, sempre que ia para o ringue arriscava, porque sabia que se não o fizesse num ano e meio estava reformado. As pessoas de hoje em dia, agem da mesma maneira porque não querem desagradar a direcção, e isso não me interessa. Mesmo quando lá estive no último ano, eu levava raspanetes, tudo porque as opiniões diferem.Mas isso faz parte de ser um artista. Obtemos melhores resultados quando temos mentes criativas que discordam entre si, mas que conseguem trabalhar em conjunto para a mesma coisa.

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